Foi como o fim de uma grande tempestade. Daquelas de verão que parecem o fim do mundo.

Ouvia-se cantos de uma torcida apaixonada que mesmo diante de um time fraco ou de derrotas imperdoáveis, ainda sim batia no peito empolgada: "Brasil, olê, olê, olê!"

A volta pra casa não trouxe apenas os jogadores da nossa seleção. Carregou junto a emoção de se acompanhar uma Copa do Mundo.

Ter a nossa seleção fora é algo que esvazia qualquer moral, mas antes parecia ainda haver a empolgação de continuar assistindo os grandes craques fazendo história até o fim. Escolhia-se o próximo time para torcer com base no histórico que os jogadores daquela seleção podiam oferecer.

Onde estão os craques de antes? As seleções finalistas fizeram por merecer mas não causam mais aquela paixão viceral que o futebol está acostumado.

Hoje sou Croácia desde pequeno. Mas só porque acredito que nunca mais terão uma chance como esta de estar na final da Copa.

Inglaterra tem tudo para conquistar a taça. A experiência dos jogadores pode facilmente bater a a energia jovial de uma possível final com a seleção Francesa. Mas ver uma Croácia, em pleno solo Russo levantando uma taça, me faria sentir novamente aquela sensação de que assim como no futebol, sonhando com vontade e garra, tudo é possível.