O futebol é de longe o esporte com o maior número de adeptos no Brasil. Na escola, só se joga outra coisa se o professor obrigar. Na TV, só passa outro jogo no domingo de manhã, quando o pessoal acorda mais tarde.

Todo brasileiro tem um time do coração. Quando uma criança nasce, os pais e os tios presenteiam o bebê com roupas e adereços do clube que torcem. Eu sou gremista, não tive muita escolha, minha família inteira torce para o Grêmio, de Porto Alegre.

Mas se você me perguntar quem são os jogadores do Grêmio, talvez acerte só o nome do goleiro porque os jogadores desta posição não mudam muito. Dificilmente paro para assistir um jogo.

Se o time passa do meio-campo e recua a bola para a defesa, já penso que foi falta. Se os jogadores não finalizam o ataque, já acho que vai acabar o tempo para chutar a gol. É que estou acostumado com o basquete, um jogo bem mais dinâmico.

Foto: Equipe de Três Coroas, RS, 2014

Confesso que não tenho talento com a bola nos pés, acabei optando pelo basquete ainda na escola e havia uma febre na liga americana nos anos 90 por causa de um jogador chamado Michael Jordan, um fenômeno que deu três títulos ao time de Chicago.

Por isso, quando me perguntam para que time eu torço, respondo que sou torcedor do Chicago Bulls. Para quem não conhece, vou listar algumas regras e por que prefiro o basquete ao invés do futebol.

No basquete, só conta o tempo com a bola em jogo, são 4 tempos de 12 minutos cronometrados, nem um segundo a mais ou a menos. Cada vez que tem uma falta ou a bola sai de quadra, o relógio da partida é parado e só recomeça com a bola em jogo novamente. Sabe aquela enrolação do futebol? Não tem.

E se o jogador quiser enrolar com a bola em jogo? Também não dá, são 24 segundos para finalizar o ataque, passado este tempo pode entregar a bola.

Sabe aquela história de fazer falta de propósito para impedir um ataque ou atrasar a partida? Também não dá, no basquete existe limite de faltas e além de ceder lances livres para o adversário, jogadores com seis faltas deixam a partida.

Mas e as substituições? Pode fazer à vontade, é só pedir tempo e trocar o jogador. Não deu certo? Troca de novo.

Esqueça a decepção de um jogo que termina igual começou, não existe empate no basquete. É comum um jogo passar dos 100 pontos e caso o outro time também faça o mesmo número de pontos tem uma prorrogação de cinco minutos para desempate. Empatou de novo? Mais cinco minutos, até desempatar.

Todo o time é importante, a defesa é tão comemorada quanto o ataque. A torcida até grita DE-FEN-SE!

A torcida não xinga se o time perder, nem quebra o ginásio, o que vale é o espetáculo.

Não existe separação entre a quadra e a torcida, você pode assistir sentado na beira da quadra e até devolver a bola para os jogadores e os árbitros não precisam se preocupar com uma invasão de torcedores.

Caso os árbitros tenham alguma dúvida, é só parar a partida e assistir o lance na TV que repete o lance até ficar claro o que realmente aconteceu.

Sabe aquele time que tem mais dinheiro e contrata os melhores jogadores? Também não tem, na liga americana existe teto salarial e o time que gastar mais do que o permitido é multado.

E você, já conhecia as regras do basquete? Ainda prefere o futebol ou outro esporte? Obrigado pela leitura e até a próxima!